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quarta-feira, 30 de maio de 2018

POESIAS – NINA ROSA – III IDA

Em direção aos parentes,
estradinhas de terra vermelha,
ladeando o asfalto a frente.

A frente, carros cortam carros cortam 
caminhões de carvões
e cegonhas de carrões.

Carrões cortam a mil
os gols mil,
a milhas na trilha.

Trilha, num passe de mágica, pensamentos maus:
rodas para cima, acidente consequente,
frente a um morro certinho de 180º.
180º. Susto. Freio. A gente acorda
é "manera" num acordo:
Calma! Bebê-a-bordo.

A bordo, 
a gente come vento, bebê - a - bordo,
fecha janela, abre janela.

Abre janela - adrenalina nela.
Breves paradas, freios de mão;
certeza entre duas estradas: haja coração!

Coração acomoda com as ventarolas - 
cheirosas sedosas, assabonetadas - 
dos capins, dos pínus, das embaúbas.

Embaúbas e pinus enchem o imaginário
de patativas, bem-te-vis e canários, 
gaivotas, infâncias, cumbucas, tiboques e arapucas.

Arapucas traiçoeiras. Onde os sabiás?
Nem tico-tico cá tico-tico lá:
voam equidistantes.

Equidistantes de nós, pastos, 
coqueiros e serras peladas,
dos "excaliptos"; aos pares, empilhados.
Aos pares, ares de chegada...
Tão, bate coração, ave liberta - 
voa, sonha, acomoda, revoa.

A 100, o carro voa.
Felizes, do mais velho ao mais novo, cheiroso:
100 dias nascido, netinho no ninho.

No ninho do colo, balanças
no embalo das terras santas
acres verdes, verdes esperanças. 

1ª viagem de Lucas meu neto, 
às raízes de sua avó itabirana - 
aos 3 meses
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                                         Nina Rosa
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