“Deuteronômio
34,1-2.4-12
[1]Subiu
Moisés das planícies de Moab ao monte Nebo, ao cimo do Fasga, defronte de
Jericó. O Senhor mostrou-lhe toda a terra, desde Galaad até Dá,
[2]todo o
Neftali, a terra de Efraim e de Manassés, todo o território de Judá até o mar
ocidental,
[4]O
Senhor disse-lhe: Eis a terra que jurei a Abraão, a Isaac e a Jacó dar à sua
posteridade. Viste-a com os teus olhos, mas não entrarás nela.
[5]E
Moisés, o servo do Senhor, morreu ali na terra de Moab, como o Senhor decidira.
[6]E ele
o enterrou no vale da terra de Moab, defronte de Bet-Fogor, e ninguém jamais
soube o lugar do seu sepulcro.
[7]Moisés
tinha cento e vinte anos no momento de sua morte: sua vista não se tinha enfraquecido,
e o seu vigor não se tinha abalado.
[8]Os
israelitas choraram-no durante trinta dias nas planícies de Moab; e, passado
esse tempo, acabaram-se os dias de pranto consagrados ao luto por Moisés.
[9]Josué,
filho de Nun, ficou cheio do Espírito de Sabedoria, porque Moisés lhe tinha
imposto as suas mãos. Os israelitas obedeceram-lhe, assim como o Senhor tinha
ordenado a Moisés.
[10]Não
se levantou mais em Israel profeta comparável a Moisés, com quem o Senhor
conversava face a face.
[11](Ninguém
o igualou) quanto a todos os sinais e prodígios que o Senhor o mandou fazer na
terra do Egito, diante do faraó, de seus servos e de sua terra,
[12]nem
quanto a todos os feitos e às terríveis ações que ele operou sob os olhos de
todo o Israel.”
“São
Judas 1,9
[9]Ora,
quando o arcanjo Miguel discutia com o demônio e lhe disputava o corpo de
Moisés, não ousou fulminar contra ele uma sentença de execração, mas disse
somente: Que o próprio Senhor te repreenda! “
Existem
inúmeras passagens na Sagrada Escritura que realmente não carecem de
explicações. Um exemplo claro disso foi a morte de São José (período em que morreu), pai adotivo de
Jesus. O que realmente importou no caso dele, foi que aceitou o plano de Deus, desposou
Maria e criou Jesus como seu próprio filho. Ensinou seu ofício, o inseriu nos
costumes judaicos e guardou a fé até a sua morte.
Com efeito, em alguns casos, a passagem pode despertar atenção, e consequente reflexão; tomando os devidos cuidados para não ferir a Doutrina Universal da Igreja. Outro dia, lendo Deuteronômio, em seguida São Judas; fiquei pensando o que
poderia ter ocorrido ao corpo de Moisés após a sua morte no alto do monte Nebo.
A Sagrada escritura relata que após sua morte houve uma disputa entre São
Miguel Arcanjo e Lúcifer pelo seu corpo;
e logo após, é relatado que Moisés é enterrado no vale da terra de Moabe,
defronte a Bet-Fogor, e que ninguém jamais soube o local do seu sepulcro.
Existem algumas
teorias sobre do porquê da disputa do corpo de Moisés; todavia, acho possível racionalizar
que, a luta entre São Miguel e Lúcifer, ocorreu para que apesar da morte aos 120
anos; seu corpo permanecesse incorrupto. Com efeito, a não localização do corpo fortalece a possibilidade da incorrupção? Pode ser que sim; se ninguém viu, não é possível constatar sua decomposição. Quer dizer então que, o corpo de Moisés pode
estar incorrupto até os dias de hoje? Respondo, dizendo, é uma possibilidade.
Moisés
viu ao longe toda a terra prometida. Hoje, sabemos que ela faz alusão ao verdadeiro destino da humanidade querido por Deus, o Reino dos Céus.
Moisés foi o libertador do povo santo da escravidão do Egito; Jesus é o
libertador do povo santo do pecado. Jesus morreu, e ao terceiro dia ressuscitou
dos mortos, venceu a morte. Claro que Moisés não venceu a morte, mas um profeta
do porte dele, com o nível de intimidade que tinha com Deus; sendo usado para realizar
inúmeras maravilhas; deixaria Deus que seu corpo fosse corrompido pela
decomposição? Acredito que não.
Tal possibilidade
não seria novidade; pois inúmeros santos da Igreja Católica tiveram seus corpos
incorruptos. Deus parece honrar seus santos servos, para que não permita sua
decomposição; talvez para que cheguem intactos até a segunda vinda de Cristo,
como testemunho para fortalecimento da fé. Nesse contexto, o possível corpo
incorrupto de Moisés, faria de certa forma alusão aos santos incorruptos da Igreja medieval e conteporânea?
Acredito que é uma possibilidade.
“Mateus 17:1-13
17 Seis dias depois, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, irmão de Tiago, e os levou, em particular, a um alto monte. 2 Ali ele foi transfigurado diante deles. Sua face brilhou como o sol, e suas roupas se tornaram brancas como a luz. 3 Naquele mesmo momento apareceram diante deles Moisés e Elias, conversando com Jesus.
4 Então Pedro disse a Jesus: “Senhor, é
bom estarmos aqui. Se quiseres, farei três tendas: uma para ti, uma para Moisés
e outra para Elias”.
5 Enquanto ele ainda estava falando,
uma nuvem resplandecente os envolveu, e dela saiu uma voz, que dizia: “Este é o
meu Filho amado em quem me agrado. Ouçam-no!”
6 Ouvindo isso, os discípulos
prostraram-se com o rosto em terra e ficaram aterrorizados. 7 Mas Jesus se aproximou,
tocou neles e disse: “Levantem-se! Não tenham medo!” 8 E erguendo eles os olhos,
não viram mais ninguém a não ser Jesus.
9 Enquanto desciam do monte, Jesus lhes
ordenou: “Não contem a ninguém o que vocês viram, até que o Filho do homem
tenha sido ressuscitado dos mortos”.
10 Os discípulos lhe perguntaram:
“Então, por que os mestres da lei dizem que é necessário que Elias venha
primeiro?”
11 Jesus respondeu: “De fato, Elias vem
e restaurará todas as coisas. 12 Mas
eu lhes digo: Elias já veio, e eles não o reconheceram, mas fizeram com ele
tudo o que quiseram. Da mesma forma o Filho do homem será maltratado por
eles”. 13 Então
os discípulos entenderam que era de João Batista que ele tinha falado.””
Sendo a incorrupção do
corpo de Moisés plausível; como racionalizar a passagem bíblica da
transfiguração de Jesus? Sabemos que Elias supostamente foi arrebatado aos céus de corpo e alma; e que Moisés morreu e foi enterrado em algum lugar. É possível Moisés ter aparecido a Jesus
apenas em espírito e Elias em corpo e espírito? Também é uma possibilidade. O que faria
alusão ao que aconteceu, com a morte e ressurreição de Jesus Cristo; ou seja,
Moisés apenas em espírito, faria alusão a morte de Cristo, mas segundo a
narrativa proposta, sem a corrupção do corpo; já Elias, faria alusão ao Cristo
morto, ressuscitado e assunto aos céus.
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