Nas palavras de Raimundo Faoro: "O Estamento
burocrático comanda o ramo civil e militar da administração e, dessa base, com
aparelhamento próprio, invade e dirige a esfera econômica, política e
financeira. No campo econômico, as medidas postas em prática, que ultrapassam a
regulamentação formal da ideologia liberal, alcançam desde as prescrições
financeiras e monetárias até a gestão direta das empresas, passando pelo regime
das concessões estatais e das ordenações sobre o trabalho. Atuar diretamente ou
mediante incentivos serão técnicas desenvolvidas dentro de um só escopo. Nas
suas relações com a sociedade, o Estamento diretor provê acerca das
oportunidades de ascensão política, ora dispensando prestígio, ora reprimindo
transtornos sediciosos, que buscam romper o esquema de controle."
A República brasileira possui em todas as esferas uma
legislação super sofisticada, seja ela qual for. Com efeito, qual sua
verdadeira intenção? Porque não é difícil entender que não adianta possuirmos
uma legislação de primeiro mundo, para ser aplicada em qualquer outro país de
terceiro mundo. Respondo, dizendo, serve
para alimentar e fortalecer o Estamento burocrático.
Qualquer pessoa que possua uma empresa honesta no Brasil sabe do
tamanho da dificuldade para honrar com seus compromissos. São tributos sobre
tributos; despesas trabalhistas, dentre outras inúmeras dificuldades, que faz
com que suas contas fechem quase sempre no vermelho. O Estado, segundo Weber, invade e dirige a esfera econômica, criando
com seu pesado legalismo e influência um ciclo de exploração massiva da iniciativa
privada, com o intuito de manter todos os interessados bem abastecidos.
A operação Lava-Jato expôs como um nervo todo o modus
operandi da corrupção no país, fruto de um completo aparelhamento do Estado; orquestrado pelo Foro de São Paulo, atual e real gerenciador do Estamento burocrático em conjunção a grandes multinacionais. No passado, esquerda disse que combateria o Estamento burocrático; mas com a regra de ocupação de espaços de Antônio Gramsci, se tornou o próprio Estamento burocrático que existia desde a independência; e o resultado disso é o maior caso de corrupção envolvendo um país no mundo.
O governo brasileiro com isso, simplesmente impede que o desenvolvimento aconteça com apenas a aplicação de altas cargas tributárias. Com efeito, o dinheiro que deveria voltar para a população com melhorias na saúde, educação, segurança, pesquisas e etc; na verdade alimenta um inchado Estado, com gastos exorbitantes; com cargos inúteis; com hiper salários desnecessários; com ministérios inúteis; com financiamentos da mídia em geral, como televisão e rádio; com programas de financiamento para artistas “já consagrados inclusive” dentre outros inúmeros gastos que só levam o país a definhar sabe-se lá até quando.
O governo brasileiro com isso, simplesmente impede que o desenvolvimento aconteça com apenas a aplicação de altas cargas tributárias. Com efeito, o dinheiro que deveria voltar para a população com melhorias na saúde, educação, segurança, pesquisas e etc; na verdade alimenta um inchado Estado, com gastos exorbitantes; com cargos inúteis; com hiper salários desnecessários; com ministérios inúteis; com financiamentos da mídia em geral, como televisão e rádio; com programas de financiamento para artistas “já consagrados inclusive” dentre outros inúmeros gastos que só levam o país a definhar sabe-se lá até quando.
Além da operação Lava-Jato, que vêm ferindo o Estamento
burocrático, colocando atrás das grades os políticos e empresários corruptos;
outro fenômeno o atingiu com muita força: os caminhoneiros. Em um
país do tamanho do Brasil, que não possui infraestrutura ferroviária e
hidroviária; na última semana assistimo-los paralisarem suas atividades,
de forma independente - ou seja, sem sindicatos ou qualquer oportunista
instituição esquerdista - pararem o Brasil.
Postos de gasolina, supermercados, comércio em geral, ou
seja, tudo parou. O start para o feito, foi o alto custo
do diesel, frete e pedágio. Mostraram uma união louvável; e o governo ficou
acuado como um rato por um gato; foi incrível ver uma classe simplesmente
humilhar o Estado.
Com efeito, e isso já era esperado, o Estamento
burocrático não colocaria em sua conta os “prejuízos ou rombos” causados nos
cofres públicos pelo atendimento das exigências dos caminhoneiros.
Imediatamente após o acordo, todo o dinheiro que deixou de ser angariado pelo
Estado no diesel, fretes e pedágio, foi dissolvido em outros insumos como:
gasolina, etanol, gás de cozinha, alimentação dentre inúmeros outros itens.
Os caminhoneiros lograram êxito; tiveram seu diesel
reduzido, juntamente com o frete e taxas de pedágio; todavia, se pensarmos como
ficou o Estamento burocrático, não mudou na prática absolutamente nada. O Estado
apenas transferiu o que ganhava no diesel, frete e pedágio para ganhar em outros
setores. E todo o aparelho estatal continua intacto; não se houve falar em
acabar com um único ministério que seja em Brasília; em abaixar os super
salários e etc.; o que é lamentável.
Concluo, dizendo, que os caminhoneiros apontaram um
caminho; mostraram-nos como atacar diretamente o Estamento burocrático que suga
o país. O problema é que hoje não vejo outra classe que consiga causar o mesmo
efeito. A conscientização política é o ponto chave, mas segundo o antropólogo Wilson Ferreira Cunha, se tudo transcorrer bem, ainda demoraremos uns 50 anos para acabar com a predominância esquerdista nas universidades. Espero que os caminhoneiros não fiquem satisfeitos apenas com o que
conseguiram. Que possam pressionar o governo ainda mais, para que abaixem em
tudo que tenha tributação abusiva. Que a sociedade possa realmente apoiá-los;
indo para as ruas, não consumindo, dentre outras coisas (óbvio que absolutamente
não seria fácil). Veríamos então de forma concreta ruir o Estamento
burocrático; ou seja, vendo o próprio Estado tirando deles próprios, sem
alternativas; acabando com toda farra e gastos completamente desnecessários; daí talvez veríamos uma verdadeira democracia funcionando. Em tempo, ressaltando que o único candidato a presidência de 2018, que declaradamente quer enxugar o Estado e que tem coragem para isso é Jair Bolsonaro, isso é um fato!
Faoro Raimundo, Os donos do poder: formação do patronato político brasileiro, vol. I e II. Ed. Globo, Publifolha, Coleção Grandes Nomes do Pensamento Brasileiro, ed. 10, 2000, p. 740.
Faoro Raimundo, Os donos do poder: formação do patronato político brasileiro, vol. I e II. Ed. Globo, Publifolha, Coleção Grandes Nomes do Pensamento Brasileiro, ed. 10, 2000, p. 740.
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